O Sesc Amapá se uniu nesta terça-feira (16) à mobilização Dia S, que envolveu a Confederação Nacional do Comércio, Fecomércio, Sesc e Senac em todo país em defesa ao Sistema Comércio contra o desvio de 5% dos recursos das instituições para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). Comerciantes, trabalhadores e estudantes também participaram do ato.
Em Macapá, os apoiadores se concentraram na praça Veiga Cabral, ponto central do comércio, e saíram em carreata pelas ruas e avenidas do centro comercial carregando faixas com mensagens de apoio ao sistema e o QR Code que leva à plataforma da petição pública que já conta com mais de 700 mil assinaturas. Este abaixo assinado visa sensibilizar senadores para apoio às instituições.
Nos municípios de Amapá, Mazagão, Laranjal do Jari e Oiapoque alunos dos projetos Criar Sesc e Educação de Jovens e Adultos (EJA) realizaram passeatas aderindo ao Dia S.
O corte foi aprovado na Câmara dos Deputados, por meio dos artigos 11 e 12, inclusos no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, e deve ir à votação no Senado Federal. Com a mobilização, o projeto que seria votado na quarta-feira (17), não foi pautado no congresso nacional e aguarda nova data.
Impactos para o Sesc e Senac no Amapá
O Sesc Amapá atende o trabalhador do Comércio de bens, serviços e turismo, seus dependentes e sociedade em geral, por meio de sete unidades operacionais fixas, distribuídas na capital e interiores do Estado, além de duas unidades móveis de odontologia, duas unidades moveis “BiblioSesc” e uma unidade de Saúde Mulher. Todos prestando serviços de qualidade, com gratuidade e foco no trabalhador do comércio.
O Senac Amapá conta com três unidades onde oferta mais de novecentos cursos. Desde 2018, o Senac já qualificou ao mercado de trabalho quase 20 mil profissionais.
Além da redução na oferta destes serviços e o risco de fechamento de unidades no estado, o corte impede a expansão das instituições. Isso porque a conclusão da obra em andamento de uma unidade conjunta Sesc/Senac em Santana pode ser afetada, bem como a aquisição do terreno para a implantação de uma unidade Sesc na Zona Norte de Macapá que está em fase de prospecção.
“Com certeza com uma redução de 5% nós não iremos abrir essas duas unidades, vamos reduzir os atendimentos gratuitos, parar de fomentar a geração de emprego e renda dentro das nossas instituições, além de uma diminuição das nossas unidades fixas”, destaca a diretora regional do Sesc Amapá, Êmilie Pereira.
A estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) é de que a porcentagem representa R$ 400 milhões em recursos retirados do orçamento das duas instituições por ano. O valor seria destinado para a realização de marketing do turismo brasileiro no exterior.